Nascer

Na miscelânea efusiva das palavras

A poesia aguarda passiva a sua vez

De acudir ao poeta em meio a lavras

Transpiradas e sofridas que povoam sua tez.

O léxico fica atado, inoperante,

De nada vale se não ajudado

Pela alma inventiva saltitante,

Que se enlaça a ele de bom grado

Tornando-o da poesia, amante.

E dessa unidade afetiva e singela

Desponta o poema, filho da união,

Ardentemente frutífera e bela

Entre o vocábulo e a imaginação.

Aleixo Prístino
Enviado por Aleixo Prístino em 08/03/2009
Código do texto: T1475126
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