A DÚVIDA DE UM ZÉ

A dúvida! Que crueldade

Principalmente agora

Nesta tênue idade

Não há espera, nem demora

Para escolher ou trocar

Trocar os pingos pelos "is"

Seria mesmo o correto?

Tenho certezas mortas sabia?

Das quais afligem minha alma

* * *

Meu futuro e destino

Somente, pode ser decidido

Por este que com vós escreve

E a cada segundo que se passa

Nossa morte se aproxima mais

As idéias mais que desabituais

Transformam-se em

Meras árvores infrutíferas

E deixam milhares ao léu

* * *

Observo acima mais um

Outro arranha-céu, gigante!

Obra magnifica da engenharia moderna

Será que quantos como eu

Simplórios jornalistas

Já adentraram nela?

Quantos casos de amor?

Quantas brigas infâmes?

Histórias infindáveis

* * *

Andando entre o

Separador das avenidas,

Preciso agora escolher

Um caminho para seguir

No meio, ali parado, me noto observado

E pior. Sem direção.

Norte ou Sul?

Eu só preciso de

uma intuição mais forte.

José Luís de Freitas
Enviado por José Luís de Freitas em 28/04/2006
Reeditado em 24/11/2009
Código do texto: T147065
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