A palavra, quando escrita...
A palavra, quando escrita, é mais eloqüente
do que todas as palavras ditas.
Não há disfarces para desfigurá-la,
nem receios para destruí-la.
A palavra, quando escrita,
ocupa todo espaço
dessa liberdade omissa, que,
para estar liberta,
se escraviza, se submete
ao medo, à injustiça, à dor.
A palavra, quando escrita,
voa por todos os continentes
da alma extasiada.
Revela quase todos seus segredos.
Expõe, ilumina, rompe
os conceitos pré-estabelecidos,
os preconceitos.
A palavra, quando escrita,
preenche o vazio que há
nas palavras ditas,
tão perdidas na hipocrisia do mundo.
Porque a palavra, quando escrita
é eterna...
Espalha-se no vazio em que
se encontram esses seres, sem
forma ou definição,
eternizando sua emoção.
Eles a olham e a compreendem...
Enxergam-se nela...
Pois a palavra, quando escrita,
tocá-lhes com a Verdade.
Tocá-lhes o coração.
Dá a todo ser descrente
um motivo para acreditar
que ainda há grandes causas pelo que lutar.
Que ainda e apesar de tudo, pode-se recomeçar...