OFÍCIO

O ofício de ser poeta
me inquieta.
Ocupo-me de dar vazão à inspiração.
E às vezes, consigo registrar
(em primeira mão)
a emoção.
O ofício de ser poeta
me completa.
Da minha mão,
componho,
me decomponho,
me traio,
me distraio.
Tento executar com precisão
o bater do coração.
Traço no papel,
a emoção de um abraço,
e faço
de um simples tema
um poema
contando da minha lida,
da minha vida
e do meu oficio:
mais que um vicio,
uma terapia:
fazer poesia!