Insônia
Quando a tez, o toque retumbar em pranto
lívida matéria, olharás meu triste semblante
cada um de nós que se deu e viveu tanto
viveu para nada num eterno vazio, constante.
Sei que falas como funerais canções
noites de sono atravessadas em frio ardor
quando eu era sombra em tuas emoções
brilhaste mais que meu sôfrego e vil amor.
Sonhei com tuas mãos, terno recomeço
e rios que levavam meu corpo enternecido
sonhei tua pele onde insone amanheço
no cansaço colossal de não ter vivido