“SER ROBOTIZADO”.
Em meio a selva, quantas pedras agrupadas,
Constantes ventos cujo cheiro é de fumaça,
Tudo é bonito, mas ouço gritos, é alguém que mata;
Artificiais cascatas, gente dormindo ao sereno.
É aí então que, sinto falta...
Da água límpida, não a que passa aos meus pés,
Nem tem barulho esta cascata.
São esgotos... Os igarapés...
Não há respeito pelos transeuntes que passam
Sobre quatro rodas, alguém passa invisível;
Ouço barulho de latas, alguém me xinga,
Bem diferente da caatinga... Onde existe educação.
Universidades cujos conteúdos são letras
Atrás das gavetas há um ser robotizado;
Sem dar fé ao aprendizado, mal humorado...
A sua alma é uma caneta.
Homens de visão... Mas não enxergam o óbvio,
Sequer cumprimenta o cidadão.
Terno elegante sobrepõe uma gravata
Diferente lá da mata, onde todos são irmãos.