REFLEXÃO - Musica: Um Nós Por Dois Eus – Os Nonatos.

Composição: Nonato Costa e Raimundo Nonato

Por: Helder Mineiro.

Talvez por medo de existir algo maior que eu que esteja adormecido, como um monstro feroz que repousa sobre mim e está prestes a acordar ou talvez como um grande vulcão que a milhares de anos esteve extinto e agora dá sinais de reativação, que essa incerteza tomava conta de mim, medo de voltar tudo como antes, ser reincidente no mesmo erro, mas costumo não errar duas vezes no mesmo engano.

Hoje tenho certeza que esse medo já não existe mais, essa incerteza que atormentava não se fundamenta pra mais em mim, essa redundância verossímil agora se equivale a uma filosofia ultrapassada e insignificante. E a decorrência disso foram lágrimas doidas e momentâneas, mas não existem dores que não sejam superadas nem lagrimas que não possam ser enxugadas, você está viva mais pra mim você não existe mais, só uma lembrança triste que ficará na minha historia, que no passado repousará, e hoje me considero feliz por ter acontecido isso.

O tempo me fez ver que as pessoas não são como nós queremos, dizem que “ninguém é cego à vida toda podendo enxergar”, pode-se dizer que é uma equivalência de outro ditado que diz que “o pior cego é aquele que não quer ver”, talvez não seja exatamente assim, acho que o pior cego é aquele que quer ver coisas onde elas não existem ou talvez seriam impossíveis de existir naquele lugar, isso nos torna pessoas patéticas, procurando vislumbrar características eqüipolentes as nossas em pessoas dessemelhantes, pessoas que no máximo teriam a capacidade limitada de apenas apreciar-nos, como um mural de exposições sentimentais.

Tão rápido iniciou assim como desfez, inicialmente pensei que não, mas foi melhor o “sem” do que o “com”, talvez tentar não tenha sido uma idéia boa, mais foi cabível a sua época, bom mesmo foi o término disso tudo, pois “quem gosta por dois padece por três” e nunca se tem equilíbrio quando um lado da balança pesa mais, talvez pese tudo aquilo que o outro lado não tem, ou seja, é uma relação de “MUITO” para “quase nada”; mas talvez tenha passado despercebido, como tem um ditado que diz que “o outro lado da moeda nunca vê, pois está sempre de costas”.

Interessante é que apesar de tudo a vida continua normalmente, ela se reorganiza dentro do espaço que cada um dar a ela, nós humanos temos a incrível capacidade de nós adaptarmos ao excesso ou a escassez de algo, se sobrou sentimentos ou faltou algo importante, agora é passado não tem porque ficar recordando isso.

Hoje cabe apenas fazer deixar exatamente como está; às coisas tem seu tempo e o nosso acabou, sempre queremos o melhor pra nós e o melhor sempre é mudar quando as coisas não vão bem, isto é uma conseqüência, conseqüência de atos, palavras e pensamentos, se tudo se harmoniza, bem, mas se houver uma desorganização disso nunca haverá nada que impeça o inevitável fim, como sempre tem que haver uma divisão nesse último caso, dividimos um “nós” por dois “eus”.