ENCONTRO
São olhos que me consomem...
Ávida descrença de jamais possuir-me.
E não são mais que bocas
A saborear o fruto mais doce
Que está por vir.
São mãos e dedos que me envolvem
Na esperança louca
De toques macios e sutis.
Sinto que me desfaço
Na descrença...
Na espera...
Na esperança molhada
De pensamentos insanos
E corpos febris.
Não me sinto inteiro
E nem mesmo feliz.
Pertenço a esses olhos, bocas,
Mãos, dedos e quadris...
Não me sinto eu mesmo,
Porque assim não me fiz.