Mineralidade
Quando penso nas mágoas de que me libertei,
Concluo que vale a pena sonhar outra vez.
Isso recupera uma adolescência
Cronologicamente perdida.
Quem inventou o tempo físico,
Contou uma mentira
Na qual a humanidade inteira acreditou.
Mas isso não importa mais tanto quanto o sorriso
Que retornou aos meus lábios
Ou quanto a recuperação da capacidade
De olhar docemente para a vida.
O picadeiro em que se refez a minha história
é o mesmo:
Mamãe morreu,
Papai morreu,
Eu também vou morrer.
Mas o gesto de amor com que marco
Os momentos que experimento,
Este tem jeito de eternidade.
E quando a chuva umedecer meu corpo mineral,
Enquanto o tempo configurar-se-á ainda ilusão,
Outras emoções passearão pela calçada.
Amém!
Quando penso nas mágoas de que me libertei,
Concluo que vale a pena sonhar outra vez.
Isso recupera uma adolescência
Cronologicamente perdida.
Quem inventou o tempo físico,
Contou uma mentira
Na qual a humanidade inteira acreditou.
Mas isso não importa mais tanto quanto o sorriso
Que retornou aos meus lábios
Ou quanto a recuperação da capacidade
De olhar docemente para a vida.
O picadeiro em que se refez a minha história
é o mesmo:
Mamãe morreu,
Papai morreu,
Eu também vou morrer.
Mas o gesto de amor com que marco
Os momentos que experimento,
Este tem jeito de eternidade.
E quando a chuva umedecer meu corpo mineral,
Enquanto o tempo configurar-se-á ainda ilusão,
Outras emoções passearão pela calçada.
Amém!