Ocaso
Eis o ocaso deste dia
De que, outra vez, estive à margem.
Hei de desfrutar este segundo!
Mas onde começa a viagem?
Vou procurando a vida,
A vida não quer me achar.
Estou com medo do mundo
Que não reflete meu olhar.
Pronto. Calei meu cansaço.
Não vale cantar, chorar muito menos.
Ah! Que sentir profundo
Guia meus passos pequenos,
fugazmente serenos,
... inutilmente sou menos.
Volto a espreitar a vida
Que, ainda, sequer me sabe.
"- Posso?" - pergunto ao mundo.
E ele, impassível: " - Não cabe."