IDEOLOGIA
Desconheço o que vejo
Não por modéstia,
Mas porque a consciência
É o início do fim.
A loucura é desconhecida
Não por mim,
Mas por uma realidade sugerida.
O caos, não faz parte do real,
É uma realidade embutida.
A vida segue insistente,
Repele o ausente,
Abraça o potente,
É difícil para o exigente,
Crê no descrente.
Desconheço a vida
Proposta pelo meio,
Que recolhe os sonhos,
Transforma-os em sentimentos bisonhos
E odeia os meus.
Construo uma existência
Diferente do banal,
Abraço o bem comum
Sou politicamente racional,
Esteticamente moderado
E eticamente utópico.
Ponho meu sistema como modelo
A ser seguido como religião,
Mas afasto-o por inteiro, de qualquer devoção.