Vinho Espumante

Abra os olhos.

Dê-me seu olhar,

Entregue-o na bandeja

Do meu suspirar mais suave.

Permita-me.

Receba-me.

Há espuma e memória.

Por favor, não dê ouvidos

Ao contundente chamado do seu destino.

Alhures, ele e seu sortilégio.

Aqui, só nós dois,

Comungando em vinho e êxtase,

Tragicômicos em nosso efêmero palco.

Flávia Melo
Enviado por Flávia Melo em 26/01/2009
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