Pela Manhã
Ah! Manhã gostosa que convida para namorar na cama um pensamento mais prolongado e despretensioso, aquela
coisa de sonhar com nada, seduzir a brisa fresca e
prostrar-se inerte indefinidamente. Nessa hora é que a
mente balança e cai para o lado guardado da memória e os rabiscos iniciados tomam formas de poemas. É assim, sem razão delineada, que uma explosão inspirada na preguiça,
de um resquício de amor ou uma dor qualquer, perpetuam-se como emoção vivida, uma coisa que não necessariamente
tenha sido grandiosa. São as hipérboles do inesperado..., não há como desmentir, não cabe explicação, quando tomam
a estrada do mundo e o rumo dos corações das pessoas.