Viagem matinal

Ele bate agora... e não sei o porquê!

Bate forte e feliz procurando sorte.

Eu já disse pra ele não me desobedecer.

Insano, insensato é isso que ele é.

Distraído, bandido e traiçoeiro.

Me expondo assim de cara pro mundo inteiro.

O mundo não é cego.

O que existe é a pressa, o corre-corre

talvez até a vontade implicita de não querer enxergar

Para quê? Se as cicatrizes se abrem por causa da visão

depois pela audição, enfim, solidão, quem sabe de idéias.

Um mundo de palavras, de cheiros, gostos

muitos deles nos trazendo desgostos.

as vezes por causa de mentiras

e, por outras, puro excesso de verdade.

Maldade... é só um ponto de vista

Realidade... ela é manipulável

Futuro... é o agora que vivemos

Passado... lembranças marcadas

Marco o sofrimento com o tempo do esquecimento

e a minha vida com tudo que restou dela.

Você me pergunta: O quê?

E eu te respondo: Nem sei o que quero dizer!