SEM CENSURA
“Aprendi com a primavera a me deixar cortar, para poder voltar sempre inteira!”
Cecília Meirelles
Vou publicar esse poema assim:
sem cortes.
Não censurarei a mim mesma.
Porque a vida
já me deu todos os cortes possíveis,
sem nenhuma censura.
E se viva estou,
ainda me esperam alguns outros...
(mas a essa altura,
eu já estarei anestesiada).
Não vou cortar a palavra,
muito menos tentar cortar o silêncio
que a constrói.
Não vou cortar o broto
que nasce vigoroso.
Não cortarei jamais
a semente que gera vida.
Nem sequer cogito
cortar o fio do pensamento
que faz nascer
um verso...
Corto sim,
algumas amarras
que (ainda) me prendem.
Corto-as todas!
Quero-me livre!
Livre de medos,
de desilusões,
de fantasmas do passado.
O mundo hoje exige de mim
todas as podas.
Para que eu possa
renascer na primavera,
exuberante.
(Foto de Carlos Sica - Ipê Roxo - Maringá-Pr.)
“Aprendi com a primavera a me deixar cortar, para poder voltar sempre inteira!”
Cecília Meirelles
Vou publicar esse poema assim:
sem cortes.
Não censurarei a mim mesma.
Porque a vida
já me deu todos os cortes possíveis,
sem nenhuma censura.
E se viva estou,
ainda me esperam alguns outros...
(mas a essa altura,
eu já estarei anestesiada).
Não vou cortar a palavra,
muito menos tentar cortar o silêncio
que a constrói.
Não vou cortar o broto
que nasce vigoroso.
Não cortarei jamais
a semente que gera vida.
Nem sequer cogito
cortar o fio do pensamento
que faz nascer
um verso...
Corto sim,
algumas amarras
que (ainda) me prendem.
Corto-as todas!
Quero-me livre!
Livre de medos,
de desilusões,
de fantasmas do passado.
O mundo hoje exige de mim
todas as podas.
Para que eu possa
renascer na primavera,
exuberante.
(Foto de Carlos Sica - Ipê Roxo - Maringá-Pr.)