Construção de areia

Construção de areia

Preso muito o preso que finge estar liberto

ao certo destrincha a esfinge do correto.

Corre da fadiga da vida que feito grade os

cercam.

Mendigam em paredes e fingindo descansar

numa rede na beirada da piscina.

Fica com velha prisão, mas ainda olha a menina.

Menina dos olhos dos outros, que apesar da

diferença ele eles o fascinam.

Esconde o seu ganho, mas demora no banho pra

meditar seus inquéritos que no pretérito mais

que perfeito, ficara do seu lado.

Cerca-se de covarde que o amam de mentira.

Que o arrancam sem medida mais da metade

do incorreto que fez na vida.

Preso da chantagem da nua e crua realidade da

maldade do mal que fez pra não ter ver e derreter

o ser do seres que os cercam.

Mas paga e bem pago para apagar o incêndio do

prédio que construiu e pra manter sem chorar

deve ser um ser e sorrir.

O NOVO POETA. (W.Marques).