Talentos e sinas.

A soberba não te alcança, quando os aplausos te ensurdecem,

E as mãos que os proferem, não são as mesmas que te aquecem...

Sei que mais do que elogios, sonhas com um sorriso sincero,

Que não seja um apelo de atenção, ou um monumento mero.

Queres um sorriso leve sem contenção, que te revele o céu,

E que consiga desnublar teu doce olhar envolvido neste véu.

Sei que o que precisas, não são as enlouquecidas declarações,

E já estas cego de tantos devaneios, que te surgem em clarões.

Queres a simpleza de uma dúvida que tem fundamento claro,

E o balançar delicado dos cabelos soltos, um momento raro.

As nuances diversas dos palácios, que te ofertam todos os dias,

Não podem cumprir o destino que almejam as suas fantasias.

E seu coração sangra a todo tempo quando vê seu talento,

A despetalar seus sentimentos por aí, a qualquer vento...

Sofres com a introspecção, de seu eu mais incompreendido,

E revela sua alma nas entrelinhas de seu uni-verso perdido.

Quero fazer uma ode, em prol de tua existência celestial,

E enobrecer o afã que te é hora um bem e hora um mal...

O perjúrio de escrever estas linhas é elas que podem te atingir,

E em poucos minutos de leitura, verás o que nelas pude traduzir...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 12/01/2009
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1380121
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