" Fome de Palavras "
Bate no peito uma dor...
Numa forma sombria de tristeza !
Meu corpo agora sem calor
Um olhar com frieza.
A verdade sempre despida
Da razão, pela ignorância...
Suicida é a própria vida !
Tamanha sua importância.
Quanto mais valer o dinheiro
Menos valor terá a esperança...
Neste mundo financeiro
O preço é a própria lembrança.
Ferida que não cicatriza
É doença é sede é fome...
Natureza sem beleza
O poder do sobrenome.
Só a madrugada fria,
Pode derramar tanto sentimento...
Água da lágrima alimento
O travesseiro na calçada, guia.
Não se pode chamar de mais rico
Com tanta miséria no mundo...
Quanto mais vejo mais fico,
Cego, surdo, mudo.
Marcos Ribeiro Martins