NÃO, NÃO ME VENHAM FALAR DA VIDA!
Não, não me venham dizer que a Vida é longa,
Se de dor, choro o extinguir dos instantes!
De que vale a esperança que a fé alonga,
Se ao nascer estão condenados a minguantes!
Não, não me venham dizer que a Vida é curta,
Se se prolonga, a cada instante, a minha dor!
De que me vale, ingloriamente, sair à luta,
Se ao nascer fui condenada ao falso alor!
Não, não me venham dizer que a Vida é bela,
Se o abismo atrai meus olhos em cego cerco!
De que me serve o esplendor da aguarela,
Se a mancho com as lágrimas em que me perco!
Mas não me venham dizer que a Vida é crua,
Se se nos dá em matizes de sabores!
Tolos de nós, que insistimos não vê-la nua,
E a vestimos com manto de ditadores!
A Vida é só barro informe que tomamos
Em mãos moldadas por um legado de crenças,
Ao nosso prisma a vemos e transformamos
A fel-prazer, nunca isento de inocências!
(Tá bom, os amigos verdadeiros podem falar...)
Menina, sou teimosa, vou lhe falar...
"Longa vida breve, tão bela quanto vil.
Tantos são seus primores, sabores,
cores,
e, infelizmente...
Dores.
No tempo dos olhos d'água,
o fogo do sorriso se apaga,
louco pela vazante,
para de novo poder desabrochar".
"Longa vida breve, tão bela quanto vil.
Tantos são seus primores, sabores,
cores,
e, infelizmente...
Dores.
No tempo dos olhos d'água,
o fogo do sorriso se apaga,
louco pela vazante,
para de novo poder desabrochar".
Rosemeri Tunala
('brigada, amiga!! Falou!)
('brigada, amiga!! Falou!)