Dos dois lados.
Às vezes eu saio, pelas ruas a dirigir,
Dirigindo artilharia aos desavisados,
Eu uso minha voz, eu uso seu corpo,
De concreto só as chances desperdiçadas,
É tiro estilhaço, um vidro partido,
Partiu meu coração, partiu meu destino,
Sou “pós- você”.
...
Às vezes eu fico, pelas ruas a digerir,
Digerindo palavras aos desavisados,
Eu uso o meu silêncio, eu uso seu corpo,
De concreto só as armações do arranha céu.
Eu tiro os estilhaços, do vidro na pele,
Pele partida, sangue derramado,
Sou “pós- você” .