Sombras

A necessidade de caminhar

De fazer meu momento

Nas estradas soltas

E cultivar a solenidade do corpo

Para iludir minha forma

Na transformação da beleza.

É assim que fica o meu inconsciente

Alerta no tear do lugarejo

No sereno do sol

Não aparece minha essência

Só a violência da emoção

Dizendo a estrutura corpórea

Que aqui precisa de incremento.

No horário vespertino

Quase no por do sol

Carrego minha carcaça

Para soltar a energia acumulada

Em meio a variadas paisagens

Dosando no cérebro

A delicadeza desse movimento

Indicado pelo vento.

Na volta à noite cai

Vem com ela a luz artificial

E no meu reflexo

A semelhante estatua

Que me segue

Para somente quando meu eu

Não progredir mais a dianteira

Ficando esperando a suadeira

Encharcar meu corpo de cansaço.

ZUKER
Enviado por ZUKER em 06/01/2009
Código do texto: T1370287
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