Cortina de água
Separa meu sentimento,
Provocando meu pensamento,
confiscando inteiramente minha mágoa...
O quadrilátero em linhas
Recebe minhas sandálias, esgotadas,
Das caminhadas durante a vida...
Na sacola do tempo, roupas sujas,
Amassadas, passo indefinido,
O descanso, em pequeno quarto,
de um simples e intruso corpo...
Não consigo olhar
através do blindex,
O fosco, reflete o
apenas o meu exterior,
Perdido, no interior,
Consumido, em busca de algum sabor...
Adormeço sob o lençol
de amarelas flores de algodão,
Suavemente descanso os meus olhos
e para vida entrego meu coração...