INDÚSTRIA DE EXPRESSÕES

INDÚSTRIA DE EXPRESSÕES

Juliana S. Valis

Sim, a vida poderia ser bem mais simpática,

Subtraindo as dores e multiplicando as alegrias,

Mas a alma, em si, é tão leiga em matemática

Que, por vezes, não conta as ilusões vazias !

E quando nos vêm boas idéias, por que não escrevê-las ?

Se alguém fizer pilhérias ou pouco caso de seus pensamentos,

Mande esse alguém fazer melhor, ou contar estrelas,

Pois escrever é uma dádiva, um desabafo dos seus sentimentos !

Nossa mente é uma indústria de idéias tão humanas,

Idéias que vão e vêm, continuamente, no passar dos anos,

Além de tantos fatos, perdas, de emoções insanas,

É preciso ler os corações e evitar os desenganos...

E quando assim me vem uma necessidade de escrever,

De dizer que a verdade tem múltiplas faces,

Sinto que o mundo nos ignora, assim mesmo, e você

Tem algo a dizer sobre injustos e antigos impasses ?

Prazer, sou nada e casarei com tudo, quando o tempo levar

Tantas injustiças e mágoas, sem rancor e sem véu;

Serei a tinta indelével escrevendo a expressão que restar,

Além do mar, do tempo, e muito além desse céu !

Pois minha missão é escrever sobre a alma e o mundo,

Sobre os sentimentos que oscilam na incerteza do amor,

E sobre a paz tão humana, sobre um sonho profundo,

Nas letras tão imortais, se tiverem lá seu valor...

Entre o riso e a lágrima, entre a paz e a guerra,

Enfim, cuide dos atos e dos sentimentos seus,

Pois há muito poder, fama e riqueza na Terra,

Mas não há celebridade alguma perante Deus.

Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 29/12/2008
Reeditado em 03/01/2009
Código do texto: T1357958
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