Crime na rua quatorze (parte I)
I
O observador
Nada como ter algo a não dizer.
Às vezes esta rua parece ser tão
Estática que nem parece ser a rua
Quatorze. Aquela que tanto nomeiam
Os meios de comunicação em massa.
A tarde apresenta um certo sincretimo
De cretinos que dizem sim às variadas
Ilusões das vitrines apáticas, mas
Também um silencio sepulcral das
Horas não preenchidas pela cultura pop
Neste momento muitas pessoas estão
Em movimento (NÃO SEI SE RETILINEO
UNIFORME OU NÃO) direcionando-se
A quaisquer lugares que forem os destinos.
Todos tentando apagar o tédio que tem
Representado a andança e o vazio que uma rua apática mostra.
As casas são e continuarão por muito tempo
As mesmas da semana passada, mas não há nada que
Uma visão diferente não modifique. A rua quatorze
Está em crise de depressão. E mormaço lhe acentua os traços.
Tudo se direciona à doença e estagnação