Meus cafifentos cascos

Meus cafifentos cascos

Cascos têm meus pés e viseiras laterais têm meus olhos.

Aqueço-me junto com uma prece e um lençol fino no inverno.

Inferno é mesmo quando se exagera na dose da ignorância.

Ter cruel, fiel e real as negras lembranças de um tempo que desapercebi-me da verdade vizinha que parecia boa e era doente,

que pressionava-me, empurrava-me pro mundo.

Mundo feros, cheio de nós elificado e que pouco a pouco eu era elado.

Uma alegria explícita por ter entrado em mim um amor que me deixava tomado.

Custei sair da teia e dos confusos rumos que foi imposto no meu fado cruel.

E com toques sutis de loucura nata por pouco isso não me mata.

Arranquei as impregnadas patas multiplicadas que me fazia tropeçar.

Versei sobre minha tristeza cantei sobre minha agonia e hoje os sinais vitais estão se ressurgindo.

E vindo em forma de uma paz torrente e borbulhante a inundar minha mente.

Volta a morar em mim a minha feliz alegria agora de noite e no flamejar de um novo dia.

O NOVO POETA. (W.Marques).