Utopia.

Vou apresentar meu verso mais belo, aquele que jamais escrevi,

E mostrar ao mundo, o salto mais alto e livre onde a poesia sorri.

Vou despetalar meus medos, uma a uma vão caindo pelo chão,

As rosas dos meus sorrisos, essas sim, o meu perfume exalarão.

Vou sair da minha toca, onde a tristeza não suporta mais morar,

E produzir loucas reações adversas em todos que esta ode tocar.

Vou profanar os templos onde os monges cantam seus mantras,

Pra fazer de seus cantos, enredos, no covil dos maiores pilantras...

Vou rir na cara do destino e gargalhar pra sorte, pobres coitados!

Meu verso vai ferir o astuto e o soberbo e aliviar a dor dos flagelados.

Não haverá mais melancolia, ai, de quem não se aprouver do sorriso.

Chega do ranger de dentes, vamos todos juntos festejar no paraiso...

Avise aos pagãos, aos budistas e aos cristãos, ateus e outros mais,

Vai haver união, entre todos os continentes, orientais e ocidentais.

Meu verso, vem de repente, surpreendendo os doentes com a cura,

E aos mais conscientes e retos compreende ditos, atos de loucura.

Que belezura seria, vamos por um dia, pensar um pouco diferente,

Sem preconceitos, sem intrigas, sem fome ou dor, sem violência,

Sem essa coisa de política, sem economia mundial e concorrência.

Doce utopia, mas nada custa acreditar, pois sei que uma mente,

Pura e otimista, pode sim, a outros tantos contagiar,

E aí, quem sabe o mundo até possa mudar...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 12/12/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1332434
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