Escrevo, E Só!
Se eu fosse escrever o que sinto
Coitado do papel surrado em que descanso o punho
Seria maltratado por meu pranto, pelo furor
De minha alma que insiste em gritar em versos
Enquanto eu, quase que em silêncio
Escrevo sobre o que gostaria de sentir
Tolice minha.Quando leio o que minha poesia
Gritou e eu obedeci, escrevendo
É que enxergo o quanto sou inconstante
Ao mesmo tempo em que sou previsível
Meu corpo clama por liberdade, minha alma
Acostumou-se com a companhia de mim mesmo.
Maldita solidão que me acompanha
E que insiste em ser distante, mas presente
Pedi a ela apenas, que meu último suspiro
De liberdade, fosse dentro de tua boca.