LÁGRIMAS
De espanto
Pelo mundo se estar a incinerar
Todos se revoltam
Mas poucos o parecem dispostos a tal parar
Lágrimas
De riso pasmado
Pela imbecilidade por todo o lado reinar
Tendo como súbditos todos e tudo
Incapaz do lugar do rei-bobo tomar
Lágrimas
De saudade
De quem cedo partiu e que teima em voltar
Porque há algo fundo e duro no peito
Que nos está a queimar
Lágrimas
De incompreensão
Porque estou a chorar
Estranham isso de quem sente
Mas que nunca se atreveu tal a mostrar
Porque as rimas,
Tal como o poeta
Podem ser fingidas
E o sentimento querer proteger
Porque há coisas
Que nós nunca deveremos,
Para o bem geral e o equilíbrio do mundo, ver
Lágrimas
Poema protegido pelos Direitos do Autor