Maldição....
Malditos sejam os poetas, porque vivem nas ilusões,
Que deflagram seus princípios, em falsas emoções.
Eles perecem na realidade que sua loucura atingiu,
E não entendem porque, que a felicidade os baniu.
Malditas sejam as palavras que sua poesia induz,
E malditos os sentimentos que sua lira reproduz.
O poeta é um insano e sua sina é falha e indolente.
Malditos, sejam os planos que permeiam sua mente
Ele fere quem mais ama como se não houvesse amor
E a si mesmo profana lhe causando imensa dor.
Recruta os sonhos alheios e neles faz sua morada
Mas esquece do seu esteio e da mão que lhe foi dada.
Padece em sua própria sorte, lacrimejando seus ais
E pensa que seu problema é somente amar demais.
Mas o que dizer daquele que a insensatez faz sofrer,
Na angustiante espera de um perdão ele vai morrer.
Vai ranger os dentes e bradar, aos céus por um alento
E sozinho, vai fulminar o peito, em fugaz sentimento
Não alcançará a glória, o pobre, nem que glória obtenha
E almejará o anonimato que sua obra vil, desdenha...
Renunciará ao seu dom, tendo isto como única saída
E lamentará o seu destino, dando cabo a própria vida...