Turbilhão de Pensamentos

Os sentimentos nascem sem se saber porquê

Afloram à superficie do nosso Eu

Consomem os nossos sentidos, o nosso viver

Por vezes tornam-se imensos, gigantes

Tanto que até fazem doer

Iniciam-se nos olhares que se cruzam

Nas palavras que se trocam

Nos sorrisos que se partilham

Nos momentos e instantes que se dividem

Alguns desses sentimentos são correspondidos

E alimentam-se dessa reciprocidade

Outros tão solitários...tornam-se esquecidos

E o tempo apaga-os sem deixar rasto

Sobram apenas as marcas, as feridas latentes

E os sonhos que não se realizaram

No lugar da Amizade e do Amor

Fica a amargura e a revolta

Restam apenas sombras escuras na alma

Manchas densas de desilusão

Que abafam a nossa essência

Passamos a ser incapazes de dar

Ficamos passivos, apenas esperando receber

Parece que olvidamos que os sentimentos são partilha

E que as palavras podem ser cruéis

A Dúvida, a Incerteza, a Indiferença e a Ausência

Matam a plenitude dos sentimentos

Consomem lentamente o seu esplendor

E onde outrora existia o brilho e o fulgor

Passa a existir o mate a a profunda dor.

Sonya
Enviado por Sonya em 02/04/2006
Reeditado em 05/08/2006
Código do texto: T132426