Enveneno as bocas...
Enveneno as bocas quando beijo,
de angústia, paixão, desejo,
de um sentimento triste
que não é amor...
Permaneço na lembrança,
no surrurar amigo que me maltrata,
sou o sorriso e a bonança,
numa triste amizade ingrata.
Afogo com meus carinhos...
são abraços horríveis e fraternos,
a minha paixão é de espinhos,
que me faz descer aos infernos...
O sublime, Rei dos pulsares,
faz-me a mais infeliz criatura,
se tenho paixão nos olhares,
sozinha, na minha tortura!