Enveneno as bocas...

Enveneno as bocas quando beijo,

de angústia, paixão, desejo,

de um sentimento triste

que não é amor...

Permaneço na lembrança,

no surrurar amigo que me maltrata,

sou o sorriso e a bonança,

numa triste amizade ingrata.

Afogo com meus carinhos...

são abraços horríveis e fraternos,

a minha paixão é de espinhos,

que me faz descer aos infernos...

O sublime, Rei dos pulsares,

faz-me a mais infeliz criatura,

se tenho paixão nos olhares,

sozinha, na minha tortura!

roxie
Enviado por roxie em 05/12/2008
Reeditado em 12/08/2010
Código do texto: T1320837