Poesia fantástica da Cidade-Morte
Cidade cindida
Pela chuva e pela vida
Na curva e sem saída
Ruas turvas
Mentes inibidas
Perguntem-me por que fiz essa poesia
Talvez pela rima
Desinibida
Falida
Dando seu último suspiro
Mesmo F...!
Cidade fedida
Pela turba escorrida
Sempre escondida
Finada e falida
Dado adeus à vida!
Sobra ferida
Lambidas de cães
Passos cambaleantes na corrida
Dia-a-dia
Morte-viva
Estampada em carniça!
Vida!
Falida fiz rima em poesia
Sem fim pelo caos que se revela
No concreto
Da cidade cindida
Do aço desvelado que se ergue pela
poesia de vil-metal
Como se fosse a única saída
Ah!
Fiz a rima!
Pra dizer da cidade
E da Morte que rodeia
Desnorteia Paulista
Poesia sem fim
Sem vida
Desinibida
Falida e fudida
Nua e crua sobre lambidas
Dos cães que orbitam a Mentira!