O POETA CANTA TODAS AS PAIXÕES
Vasculho no azul do infinito
Em busca d’outros amores vividos
Quais sejam – os meus que além eu fito
Ou mesmo anônimos e escondidos.
Abro meus braços ao redor do mundo
Para abraçar o pouco que me resta.
Em que posso mirar-me, no fecundo
Grito de esperança que me empresta.
Que posso esperar da poesia
Senão que representem a paixão
Que brota do peito, em fantasia
A minha, a tua e de outros, então?
Ah! Eu sei - o poeta não declama
Apenas o que urge a sua vida.
Em versos ele chora, pede e clama
Por outras paixões e outras feridas!
Seria, acaso, uma contradição
Falar-se de um amor que embriaga
Ao mesmo tempo em que plena razão
Traz-nos de volta ao colo que afaga?
Posto que o poeta, em seus versos
Nem sempre cala o pranto por si mesmo.
Por vezes - em momentos controversos
Seu coração lamenta ao léu – a esmo.
Minha homenagem
a todos os Poetas Recantistas
- que cantam os seus e outros amores
- a suas e outras dores!
Viva a inspiração
venha de onde vier!
Beijos a todos.
** Milla **
Vasculho no azul do infinito
Em busca d’outros amores vividos
Quais sejam – os meus que além eu fito
Ou mesmo anônimos e escondidos.
Abro meus braços ao redor do mundo
Para abraçar o pouco que me resta.
Em que posso mirar-me, no fecundo
Grito de esperança que me empresta.
Que posso esperar da poesia
Senão que representem a paixão
Que brota do peito, em fantasia
A minha, a tua e de outros, então?
Ah! Eu sei - o poeta não declama
Apenas o que urge a sua vida.
Em versos ele chora, pede e clama
Por outras paixões e outras feridas!
Seria, acaso, uma contradição
Falar-se de um amor que embriaga
Ao mesmo tempo em que plena razão
Traz-nos de volta ao colo que afaga?
Posto que o poeta, em seus versos
Nem sempre cala o pranto por si mesmo.
Por vezes - em momentos controversos
Seu coração lamenta ao léu – a esmo.
Minha homenagem
a todos os Poetas Recantistas
- que cantam os seus e outros amores
- a suas e outras dores!
Viva a inspiração
venha de onde vier!
Beijos a todos.
** Milla **