Incerteza
Não me entrego,
não mais, as juras que fizer.
Teu fogo de palha, se apaga
a um simples sopro que eu der.
Tua certeza, cai por terra,
diante das seriedades
que o tempo impuser...e por terra cai
qualquer sinal de instabilidade.
As alegrias repentinas, murcham,
diante da menor manifestação de tristeza.
Tuas vontades ...
prevalecem... o resto que se dane.
Sufoca meus desejos...
mortifica meus anseios
Foge das duras verdades
que poderão fazer a diferença.
Cobra uma perfeição imperfeita e cega
Sopra ventos aborrecidos e gélidos
Quais agulhas certeiras a picar,
Abandona ‘’o amor’’ em pleno ar,
e na construção de improvável ‘’nova vida’’
se instala uma consciência perdida ,
enclausurada, vencida ,
abandonada no lugar errado.
Me despeço de quaisquer promessas,
Falsas demais...pois se vão no primeiro vento.
Amor verdadeiro ?
Nem em pensamento !
"É melhor amar com sabedoria, está claro; porém, amar totalmente é melhor do que ser incapaz de amar."
(Saint-Exupéry)