THE KINGS OF PERFECTION
Sim, erigem um mundo perfeito:
Com os miasmas da ganância
Edificam maravilhosas fortalezas,
Obstando a entrada da prole da desgraça
Ao dar-lhes diamantes da miséria, que, como sempre, se mostra Ávida.
Sim, amam a assimetria:
A assimetria do níquel:
Para um punhado, a opulência refrigerante do mais belo oceano;
Para a turba, a infinita latitude do maior dos desertos nefandos.
Trasladaram da mente para o mundo real
Seu dogma narcisista:
Com efeito, desdenham a constância das anomalias.
Então elas são dragadas pelo vórtice da extemporaneidade,
Sempre atemporal e que grassa por aí, penetrando nas vísceras
Do computador de nossas anômalas colônias hipócritas.
Contudo, a imperfeição é onipresente:
Está em todo lugar em que descerremos as janelas da mente.
Ela nos persegue em nossa compleição social;
Ela nos aturde, materializando-se em nossos fantasmas Existenciais;
Ela se torna o nosso centro de gravidade á medida que, ao Envelhecer, nós nos mergulhamos num mar de tristezas,
Despojando-nos, então, do manto do sofisma, que até momentos
Antes nos guarnecia da consciência ferina.
Sim, não adianta construírem paços apológicos do narcisismo,
Pois a imperfeição penetra cancerígena em cada átomo de nossas
Entranhas
Sim, a imperfeição é o principal baluarte e vetor da nossa jornada
Gloriosa.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA