FÁBULAS DE QUEM SERÍAMOS
FÁBULAS DE QUEM SERÍAMOS
Juliana S. Valis
Fábulas mal contadas deste mundo vil,
Fachadas da mente se perdendo sós,
No ar, um sonho que já sucumbiu,
No mar tristonho que transborda em nós !
Não, não me venha com rótulos comerciais
De dias como estereótipos de sentimentos,
Vendidos, nos ventos como vácuos superficiais;
Nós queremos paz, embora em passos lentos,
Nos descompassos do que não se faz,
Do que não se vende aos cruciais lamentos !
Céus, haverá certeza do que, de fato, somos ?
Haverá realidade que enobreça o insensato mundo ?
Ingrato é o tempo que nunca diz quem fomos,
E para onde iremos no enigma mais profundo,
Se vislumbrarmos a vastidão da essência
No que o coração trouxer de mais fecundo.
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poema registrado por Juliana S. Valis