Minha poesia, meu espelho.

Minha poesia não fala

Mas também não se cala.

Minha poesia é insinuante

Muitas vezes vibrante.

Minha poesia às vezes é brega

Outras vezes chega a ser cega.

Minha poesia me empurra

E por vezes ela é até burra.

Minha poesia é incerta

Sempre uma nova descoberta.

Minha poesia, pode até ser uma porcaria

Mas tem muito da minha alegria.

Minha poesia é do povo

Que é rico e caloroso.

Minha poesia é mutante

Nem um pouco hesitante

Minha poesia é gente

Tem sangue quente.

Minha poesia é minha vida

Ajuda a curar tantas feridas.

Minha poesia trás um lamento

Ela é bordada com meu sentimento.

Minha poesia pode ser até chinfrim

Mas ela tem tudo que há em mim.

Minha poesia é meu espelho

Reflete-me despida, nua em pêlo.

Kellen Cristine
Enviado por Kellen Cristine em 22/11/2008
Reeditado em 22/11/2008
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