Minha poesia, meu espelho.
Minha poesia não fala
Mas também não se cala.
Minha poesia é insinuante
Muitas vezes vibrante.
Minha poesia às vezes é brega
Outras vezes chega a ser cega.
Minha poesia me empurra
E por vezes ela é até burra.
Minha poesia é incerta
Sempre uma nova descoberta.
Minha poesia, pode até ser uma porcaria
Mas tem muito da minha alegria.
Minha poesia é do povo
Que é rico e caloroso.
Minha poesia é mutante
Nem um pouco hesitante
Minha poesia é gente
Tem sangue quente.
Minha poesia é minha vida
Ajuda a curar tantas feridas.
Minha poesia trás um lamento
Ela é bordada com meu sentimento.
Minha poesia pode ser até chinfrim
Mas ela tem tudo que há em mim.
Minha poesia é meu espelho
Reflete-me despida, nua em pêlo.