DE QUE ADIANTA!
Vislumbro o que me é permitido,
Sem arrependimento ou temor.
Talvez um instrumento do destino...
Eu quero a paz! Eu sou o amor!
Não sou perfeito e de que me vale...
Ninguém o será nessa existência.
Apenas me dou como homem feliz...
Refém do bom senso e consciência.
Se acaso me perco numa estrada...
Retorno ao meu ponto de partida,
Se meço palavras... Justifico ações.
Quantos não têm a mesma sorte...
Vivem amargurados e sem emoções.
Quem me garante é o tal presente...
O "darma" implacável nunca desistirá.
A lógica de tudo está como se crê!
De que adianta um céu sem estrelas...
E um sol que não me queime a face?
De que adianta um rio sem peixes...
Ou um chão sem sementes a brotar?
De que adianta uma lua fulgurante...
Sem que eu possa tocar meu violão?
De que adianta egoísmo e insensatez,
Se não creio que isso seja perfeição?
De que me adianta tantos cifrões...
Se me basta um pedacinho de chão?
Quer saber! Dou-me por satisfeito!
Conquistarei o que for consentido...
Em nenhuma hipótese a imensidão.
Desejo a plena saúde e por inteiro...
Não uma falsa cura e pela metade.
Almejo somente viver e deixar viver!
Como aprendiz da amada vocação.
Pirapora/MG, 20 de novembro de 2008.
PS.: Darma ou Dharma (transl. Dharma; em páli Dhamma) significa "Lei Natural" ou "Realidade". Com respeito ao seu significado espiritual, pode ser considerado como o "Caminho para a Verdade Superior". O darma é a base das filosofias, crenças e práticas que se originaram na Índia.
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