Sonho meu
Queria pensar e estar
No sonho a encontrar
Se esse sonho já valeu
Por que ainda não esqueceu?
Querer nem sempre é poder
Se o poder é uma fraqueza
Na realeza do sentimento.
Forte chuva alastrada
Me sufoca com sua água
Até que meu ego
Não respire mais
E nessa cavalgada sem destino
Posso ser um peregrino
No deserto de possibilidades.
Não vou correr
Apenas caminhar mansinho
Olhando o ardor do sol
Percebendo o calor
Que a temperatura me faz
E ao olhar indireto
Fecho os olhos para esquecer o passado.
O presente é vivo
A vida condensa isso
Programa aquilo
E aqui estou eu
Chamuscado com a emoção forte
Fartado de dor
Esperando que o sonho volte.