Sociedade mascarada
O social é blefe
Uma mascara no rosto
No encosto da face
A ruga do julgamento
Quem dera ser puro
Para alastrar as novidades
Que pairam no meu pensamento.
No alento o desolamento
Do menosprezo
Na duvida do apreço
As marcas são cruéis
No indubitável fomento
Vivifica o desapontamento
Verdes folhas
A secar no vento.
O berço da população
Sempre teve o outro
No olhar da culpa
Desculpa não vale
Vale pensar coerente
Na mente sensata
Pairam as seqüelas
Raivas e sustos
Lutam pela individualidade.
Sombrio olhar de desapontamento
Realmente são severas
As culpas do paralelo
Sorrateiro e rasteiro
Desatando o próprio nó
Para colocar amarras
No punho alheio
Sem olhar o seu próprio berço
Sente o fedor do outro
E esquece sua podridão.