A NOVA POESIA

Quero ajudar a escrever a nova poesia

Que não abra mão da beleza, da pureza,

e que nunca seja fria

Que rasgue o invólucro do ser alienado e o faça sonhar

E que catapulte os espíritos dos lugares baixos

para o elevado andar

Que traga de volta a alma, a anarquia e a boemia

O lirismo perfumado a alma das mulheres

E a vontade ao homem de saltar do paraquedas

de suas heresias

Quero a poesia que soe como uma música,

seja interativa

Resgatando o lado impuro das pessoas

Que o tropel das palavras,

abra vertentes imaginativas

Quero escrever versos rudes, pontiagudos e ácidos

Para ferir as almas blasés e planas

Porque dentro de cada uma delas,

Há madeira aquecida, há contradições,

há logicas insanas

Mesmo que o meu verso nunca seja entendido,

Que ele seja ao menos, um choque nos sentidos

No peito, no coração, na alma,

Na mente e seja inclemente aos amortecidos

Talvez o que eu quero , o que almeje

Não seja possível com a emoção da poesia

Talvez ela precise do reforço audiovisual

do canto, do palco

Para que a palavra brilhe,

E nao seje apenas, uma estrela vazia!!!!

Por Camões , a velha poesia e feia

Precisas retirar o dossel que cobre o cansado sentimento

e terá que ter uma corrente elétrica,

Porque só arrebenta o ar, quando vira forte vento

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 11/11/2008
Reeditado em 25/01/2010
Código do texto: T1276812
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