A NOVA POESIA
Quero ajudar a escrever a nova poesia
Que não abra mão da beleza, da pureza,
e que nunca seja fria
Que rasgue o invólucro do ser alienado e o faça sonhar
E que catapulte os espíritos dos lugares baixos
para o elevado andar
Que traga de volta a alma, a anarquia e a boemia
O lirismo perfumado a alma das mulheres
E a vontade ao homem de saltar do paraquedas
de suas heresias
Quero a poesia que soe como uma música,
seja interativa
Resgatando o lado impuro das pessoas
Que o tropel das palavras,
abra vertentes imaginativas
Quero escrever versos rudes, pontiagudos e ácidos
Para ferir as almas blasés e planas
Porque dentro de cada uma delas,
Há madeira aquecida, há contradições,
há logicas insanas
Mesmo que o meu verso nunca seja entendido,
Que ele seja ao menos, um choque nos sentidos
No peito, no coração, na alma,
Na mente e seja inclemente aos amortecidos
Talvez o que eu quero , o que almeje
Não seja possível com a emoção da poesia
Talvez ela precise do reforço audiovisual
do canto, do palco
Para que a palavra brilhe,
E nao seje apenas, uma estrela vazia!!!!
Por Camões , a velha poesia e feia
Precisas retirar o dossel que cobre o cansado sentimento
e terá que ter uma corrente elétrica,
Porque só arrebenta o ar, quando vira forte vento