REGRESSO

Quando me vejo no meu aconchego

Refaço os meus planos pelo avesso.

Suspiro e me encanto na formosura

O ato inexato, o côncavo e convexo.

É fato presente, saudade inusitada

Que silente se aproxima e afronta.

Talvez, se a mente falasse, ela diria:

“Sou forte e resisto. Vale a pena!”.

Um bom filho à boa casa retorna...

Eis uma grande e possível verdade.

A lógica que sem alarde transforma

Faz-me crer no amor puro, sublime.

Viver é amar... E como amo você!...

Viver e amar... Quero-te prá valer!

Como um sol que abraça a terra...

E sem timidez surge no horizonte.

Que a ama com energia e volúpia...

Saciado se põe num feliz regresso.

Pirapora/MG, 07 de novembro de 2008.