O CAPITAL E A VIDA
No mundo tecnológico
Encurtam-se as arestas
Dos sonhos, das esperanças
Fere a alma, admoestas
Diante dos muitos não
Muitos deixam de sonhar
Enrijecem o seu viver
E fenecem sem morrer.
Há muitas violências
E a mais violenta
É aquela que mata
Sem danificar a carcaça.
Deixar de sonhar
Deixar de acreditar
É render-se ao capital
Isso é o grande mal.
Ser poeta é acreditar
Que viver vale a pena
Que a vida é renovação
E vai além da modernização.