Estações do cotidiano

O dia lança seus cordéis

Nos ombros de aço desdenhados pela brisa

E as folhas carmesins deitam-se relaxadas no vácuo

Desapegadas da gravidade que lhe é indiferente

Entre passos sem rumo aprumo meus anseios

Vagos olhares observo

Perscrutam o nada que relutam transparecer

Cedo para isso assim fosse seria já entardecer

Odisséia cotidiana espreme tubos da imaginação

Até os últimos sentimentos como se linimento fora

A exorcizar a falta da razão que no bolso descansa

Como trocado poupado no cofre chamado coração

No comboio das nuvens cadencio meu olhar

Acompanho a dissolução do tempo

no vento de me observar na transformação das formas

Ora a vida é reconhecível, ora é perecível...ora...ora

leandro Soriano
Enviado por leandro Soriano em 22/03/2006
Reeditado em 22/03/2006
Código do texto: T126936