O Meu Interior...
Do que vale a beleza
Se ainda temos todo o intemperismo?
Do que nos vale toda essa vaidade?
Essa briga injusta e sem esperança
Corrida contra o tempo, sem ganância?
Sabemos que a experiência será estampada,
Cravada em rugas e grisalhos
Nos vale ainda a Guerra
Com soldados derrotados?
Prefiro a minha beleza
A minha real estrutura
Toda a minha grandeza
Que só o tempo perpetua
Brilho que eclodi,
Pulsa em meu interior
Força divina que explodi
Teima sem nenhum temor.
Acato aos anos, com imensa vontade
Peço ao tempo, tempo
Que não aumente a minha idade
Enfim, não basta ser belo no externo
E podre latente
Basta ter recíproca ao tempo que envelheço
Se quero ser memorado infinitamente
Que me virem do avesso!!!
Angelo Moraes
05/11/2008