Um Mundo Sem Fim (MEMÓRIAS VIVENCIADAS)
Pela fé de um poeta
que se abre um infinito
que é movida pela força de um trago infindo
nas forças invisíveis
E é pela esperança terrena
pela marcha do mau
que se vive a bondade boçal
alimentada pela consciência plena!
E quantas mulheres pernoitei
o doce pranto
Vivenciando na vida a própria morte de um canto
Temendo a sorte por não mais viver
Vem me espreitar nas vias
estreitas da esperança
se lamentar pela lamúria
da mudança
me convencer que nada vale meu pudor
Amizade do mundo! Perdido amigo
Cria comigo o anoitecer sem amor
Vence comigo um amanhecer de um trovador
Que venda a pele linda e sem valor
Que meu corpo não apodreça
Que não viva na masmorra
da mesmice
Do viço cruel do veneno amargo
Em noites de inunda
Um mar cheio e forte aqui deslumbra
Chorando ao céu o ímpio guerreiro caçador
Caçador de aventuras
Aventuras que por sua vez foram prometidas pela profecia do Diabo
Perdendo o dia pelo vício do cigarro
Perdendo a vida por um pobre e nobre
escarro
Mas na vida de tudo acontece
Virtudes e vicissitudes
Mergulhadas na obra prima da alaúde
E infindável por aquela que não
pude
E nas histórias de um aventureiro
Na caridade de um amador
Vilipendiado pelo gesto nobre
Desguardecido no arquetipo de escritor
E por minha vez tua vez ja foi
Sem cuidado a minha vida eu levei
Deleitada nos excrementos que guardei
E mendigada pelo enlaçe da minha dor
Mas ainda sinto medo
De perder o que perdi
De achar o que não senti
De crer no que não sei
De me perder pela vida sem viver o teu amor
E quando chega minha hora
eu grito:
Injustiça! Injustiça! Injustiça!
E deitada na minha dor eu vos suplico:
Injustiça! Injustiça! Injustiça!
Misericórdia tenha de mim
ó senhor!
Mergulhada foi perdida
A minha vida pelo viço
Escritas nas páginas do desperdício
e cheios de rancor se preenchem
de arrependimento
Forçado a morrer por um só sofrimento
na ilusão criada em um só momento
Vivenciada pela não florida flor!