EU ME PREFIRO ASSIM
Eu vi um pai sem compromissos e a mim jurei jamais fazer assim;
Vi relações chegando ao fim, e decidi ser criador de um eterno amor;
Conheci gente desprovida de valor e escolhi outra vereda pra mim;
Ouvindo negações maquiadas de sim, senti que a leviandade me traz horror!
Eu vi burgueses gastando em lojas, o orçamento dos excluídos;
Testemunhei gritos e gemidos nos corredores do desrespeito;
Olhei crianças de peito, chegando ao mundo já com direitos subtraídos;
E minha alma falou aos meus ouvidos a não assimilar tais desconsertos!
Presenciei consciências sendo comercializadas e decidi seguir a minha;
Lares semelhantes a rinhas, multidões mecanicamente comandadas;
Decidi viver longe das amarras, sendo agulha que opta por sua linha;
Uma história que se escreve sozinha e sem vírgulas simuladas!
Portanto, é meu decreto pessoal, fazer meu mundo nesse mundo;
E nem por um segundo, condescender com os inadimissiveis;
Aderindo à nudez dos impossíveis e recusando todo traje imundo;
Não é na superfície e sim no fundo, que residem belezas imperecíveis!