Morto por dentro
Certas pessoas "pensam" que estão vivas, mas, na realidade, estão mortas por dentro.
São como árvores solitárias, ressequidas, perdidas em seu próprio mundo.
Folhas caídas sendo levadas pelos ventos da indiferença.
Refiro-me àquelas pessoas que perderam a sensibilidade a ponto de carecerem da capacidade de se maravilhar ante as coisas mais simples da vida, tais como:
- O murmúrio borbulhante de um riacho que serpeia e flui através da mata; o sangue da Natureza; seu véu branco e cristalino despencando como uma cascata por um leito pedregoso.
-A música dos pássaros ao amanhecer anunciando a época da Primavera.
-Andar por uma praia solitária, escutando o som das ondas que quebram,respirando o ar pungente do oceano, olhando as gaivotas que voam em volta, sendo banhado pela luz ardente de um entardecer espetacular.
-A beleza cintilante das gôtas de orvalho iluminadas pelo sol nascente; como diamantes aquosos a pender dos galhos.
-Um campo coberto com um tapete de flores silvestres.
O abraço da bruma matinal que envolve os cumes das mais altas montanhas.
-O cheiro agradável de terra molhada depois das primeiras gôtas de uma chuva de Verão.
-O aroma mágico de jasmim que impregna o ar de uma noite enluarada de Verão.
-Estar ciente de que somos apenas passageiros cósmicos, transitórios,
vivendo num globo rodopiante a flutuar nas profundezas do espaço;
a bolha da vida.
-Escutar as palavras de amor sussurradas suavemente junto aos nossos ouvidos, por alguém sem o qual simplesmente não conseguiríamos viver.
Se os olhos da sua alma estão cegos para o esplendor da vida...
VOÇÊ DEVE ESTAR MORTO POR DENTRO!