Há um desperdício em não dizer,

Não falar o que se pensa.

Em deixar que o outro sofra,

Porque resolvemos nos fechar.

Há um desperdício em não amar,

Não expressar sentimentos,

Não oferecer alento a um coração que sofre.

Há um desperdício em não sentir,

Em negar o óbvio,

Buscar esquecer o amor que nasce

Fechando os olhos para a vida.

Há um desperdício em caminhar às cegas,

Sabendo-se capaz de ser iluminado.

Olhos vendados para a luz

Caminhando inseguro,

Sem perceber a mão estendida.

Há um desperdício em querer esquecer,

Quando o que se quer é viver intensamente.

Perde-se muito tempo negando o óbvio.

A vida passa rápido...

O tempo que perdermos,
Fará parte do passado.

A lembrança do que poderia ter sido,

É chaga que mesmo que cicatrize.

Deixa marcas e dores profundas.