SIGO...
Sigo remando contra a maré
Neste mundo metrificado
Tudo é posto, estabelecido...
Não me contento num quadrado.
Escrevo o que sinto
E sentimentos não obedecem a normas
Jamais serão metrificados...
Escrevo sem estilo e sem formas.
Após o fim do ato
Fecham-se as cortinas, silêncio profundo
Estalam ecos e gritos de todas
As dores e gemidos do mundo.
E sou feliz ao sofrer poético
Pois me vejo tão diferente...
Não estou anestesiada, passiva...
Como está tanta gente.
Ondas fortes arrebatam-me
Querendo me derrubar
Meu barco tem peso, é forte!
Carrega amor e segue no mar.